28 de
setembro foi o Dia de luta pela descriminalização e legalização do aborto na
América Latina e Caribe. Nós, da Marcha Mundial das Mulheres no Tocantins,
elaboramos um pequeno texto para expor, nas redes sociais, principalmente o
Facebook, o por que defendemos a legalização do aborto.
Confere aí!
“Antes de
pensarem no caráter "moral" ou religioso que comumente povoa as
discussões sobre este tema, queremos dizer que aqui, o debate passa longe,
muito longe destas questões. Queremos reafirmar a autonomia de decisão sobre os
nossos corpos e o direito ao aborto legal, seguro e público.
Trata-se,
antes de tudo, de discutir a vida das mulheres - sua autonomia e liberdade -
historicamente cerceada pelo modelo machista de uma sociedade patriarcal,
dominada por interesses capitalistas que delimitam quem tem ou não diretos
sobre sua própria existência.
Trata-se da
legitimação da desigualdade de classes. Desigualdade esta que determina quem
são as mulheres que têm ou não o direito de abortar: as mulheres ricas
abortam e sobrevivem, as pobres também abortam, mas morrem, principalmente por
falta de assistência à saúde.
Trata-se da
defesa da vida das mulheres. Independente de qual seja sua opinião, o aborto
acontece. Por isso, neste dia queremos afirmar a luta pela legalização do
aborto no Brasil, explicitar que a clandestinidade é uma realidade de todas as
mulheres e que são as mulheres pobres e negras que enfrentam mais obstáculos
para exercer a sua autonomia, além das consequências da realização de abortos
inseguros.
Legalize! O
corpo é nosso! É nossa escolha! É pela vida das mulheres!
Marcha
Mundial das Mulheres – Tocantins
Seguiremos em
marcha até que todas sejamos livres!”
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